Monday, September 18, 2006

sem título

Érika Kelmer

Deitou-se no divã das palavras
Sem sustento dessa vez
Tudo muito violento
O perpasso e o não mais
Cuspiu.
Qual a palavra?

Uma amiga reza: “o útero nosso de cada dia”
Do meu foi expurgado
15 dias.
Às vezes me cumprimenta do seu novo habitat:
o futuro do pretérito

Não houve pontos
Nem lençóis vermelhos
Nem grito manchando a noite

Obs.: o trecho citado é de Andréa Nunes

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

adorei os dois primeiros versos
beijo

6:45 AM  
Anonymous Anonymous said...

A mulher está sempre diante do espelho, está tentando ser infinita, não por vaidade. Se olha por que nunca se encontra, há sempre de conferir...
Beijos
Andrea

12:02 PM  
Anonymous Anonymous said...

sim, andréa, acho que é assim mesmo o espelho: mulheres infinitas: bonecas russas todas nós; saem umas de dentro das outras e do espelho. beijos, camila.

12:55 PM  

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