sem título
Érika Kelmer
Deitou-se no divã das palavras
Sem sustento dessa vez
Tudo muito violento
O perpasso e o não mais
Cuspiu.
Qual a palavra?
Uma amiga reza: “o útero nosso de cada dia”
Do meu foi expurgado
15 dias.
Às vezes me cumprimenta do seu novo habitat:
o futuro do pretérito
Não houve pontos
Nem lençóis vermelhos
Nem grito manchando a noite
Obs.: o trecho citado é de Andréa Nunes
Deitou-se no divã das palavras
Sem sustento dessa vez
Tudo muito violento
O perpasso e o não mais
Cuspiu.
Qual a palavra?
Uma amiga reza: “o útero nosso de cada dia”
Do meu foi expurgado
15 dias.
Às vezes me cumprimenta do seu novo habitat:
o futuro do pretérito
Não houve pontos
Nem lençóis vermelhos
Nem grito manchando a noite
Obs.: o trecho citado é de Andréa Nunes
3 Comments:
adorei os dois primeiros versos
beijo
A mulher está sempre diante do espelho, está tentando ser infinita, não por vaidade. Se olha por que nunca se encontra, há sempre de conferir...
Beijos
Andrea
sim, andréa, acho que é assim mesmo o espelho: mulheres infinitas: bonecas russas todas nós; saem umas de dentro das outras e do espelho. beijos, camila.
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