Tuesday, September 19, 2006

sem título

Não há a autorização do autor, que provavelmente nem sabe que seu texto está aqui, mas... como foi um presente... um pouco de atrevimento às vezes não faz mal a ninguém (Érika)

Fabrício Alvim

Voam chifrudos os caramujos sépticos
rastros................. rastros............ goma articulada
e infinita

– Gertudes!
Não. Não era Penélope:
eram cereais instantâneos.


Que dia chegará meu príncipe
Montado em seu cavalo de fumaças
tocando com seus dedos lisos
minha caixinha de música abstrata – não horizontal?
– Nunca! (grito) Eu mesmo me consolo.

Monday, September 18, 2006

sem título

Érika Kelmer

Deitou-se no divã das palavras
Sem sustento dessa vez
Tudo muito violento
O perpasso e o não mais
Cuspiu.
Qual a palavra?

Uma amiga reza: “o útero nosso de cada dia”
Do meu foi expurgado
15 dias.
Às vezes me cumprimenta do seu novo habitat:
o futuro do pretérito

Não houve pontos
Nem lençóis vermelhos
Nem grito manchando a noite

Obs.: o trecho citado é de Andréa Nunes

Sunday, September 17, 2006

clarice no meio do redemunho

elza de sá nogueira



Wednesday, September 13, 2006

Camila do Valle

Missão diplomática na China (pianíssimo)

Onde pousar a palavra?


Como se a caneta fosse a asa de uma xícara


de porcelana rara que eu estaria a segurar


com todo o cuidado


no ar.


Do ar ao pires, podemos,


ou não,


espatifar a dinastia Ming.


Delicadamente.

Saturday, September 09, 2006

exorcismo

Érika Kelmer

Criou coragem
Cravou as unhas
Rasgou a pele
Resfolegou.

Arrancou-a inteira
de uma só vez

Mas ele continuou ali
Entranhado
na lembrança.

manhã qualquer

Érika Kelmer

De manhã tentei catar caquinhos de afeto
me cortei.

Monday, September 04, 2006

Mais da série "ENTRELÍNGUAS":

Camila do Valle

alfândega

let me
make myself clear
but before
let me make myself
naked