Sunday, November 12, 2006

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Tango
Ich sehe Millionen von Robertos jeden Tag.
Aber Anita brauchte ich nur ein einziges
Mal zu sehen schon schrieb ich ein Gedicht.
Die Stadt dort war ich.Rote Kaulquappen schwammen aus meiner Vagina
Venen strömten durch meine Beinezeichneten Avenidas mitten im Zentrum Lateinamerikas.
Die Sprache gehört wohl den Männern,
die Stadt aber nenne ich Frau.
Von weitem schreit meine Großmutter ganz nah:
– Bleib anständig, Mädchen! Schlag die Beine übereinander!
Und ich schlage ganz zauberhaft die Beine übereinander,und entzücke den Kapitän.
Den Säbel am Gürtel und die Zügel in der Hand (ich oder er?)
Nur eine einzige Bitte, Anita, heirate ihn nicht.
Wenn du nicht heiratest, heirate ich auch nicht.
Wir halten die Beine weiter gründlich gespreiztin Lateinamerika.
Aus Strategie.
Und ohne Anstand.
(übertragen von Timo Berger)


Tango
Vejo milhões de Robertos todos os dias.
Mas foi só ver Anita uma única vez que fiz um poema.
Aí a cidade era eu.
Girinos vermelhos saíam de minha vagina,
escorriam veias pelas minhas pernas,
abrindo avenidas em pleno centro da América Latina.
Embora a linguagem seja dos homens,a cidade saiu-me mulher.
De longe, a minha avó grita tão perto:
– Tenha modos, menina! Cruze as pernas!
E eu cruzo, adoravelmente, as pernas,
e encanto o senhor capitão.
De espada na cinta e ginete na mão. (eu ou ele?)
Peço-te, Anita, somente, que não se case com ele.
Se você não se casar: nem eu.
Continuemos com as pernas escrupulosamente abertasna América Latina.
De forma estratégica: sem modos.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

qué hermoso, cami...

11:03 PM  

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